Outro dia estava eu “passeando” pela biblioteca em Rosário do Sul, minha terra natal, e achei os livros de Malba Tahan, um dos autores de minha infância, então resolvi escrever alguma coisa a respeito desse que muito me influenciou com seus estudos e obras.
O escritor Malba Tahan, heterônimo de Júlio César de Mello e Souza é um brasileiro nascido no Rio de Janeiro em 06 de maio de 1895.
Júlio César não foi bom aluno de matemática no Colégio Pedro II: chegou a tirar dois em uma sabatina de álgebra e cinco em uma prova de aritmética. Criticava veementemente a didática da época que além de complicada era fatigante. Vocacionado para o magistério, concluiu o curso de professor primário na Escola Normal do antigo Distrito Federal e, depois diplomou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica em 1913.
Iniciou suas atividades profissionais como servente e auxiliar interino da Biblioteca Nacional, privilegiada oportunidade de conviver com milhares de livros. A sua carreira de professor começou nas turmas suplementares do Externato do Colégio Pedro II. Depois, assumiu a docência na Escola Normal. Lecionou para menores carentes. Tornou-se mais tarde catedrático do Colégio Pedro II, do Instituto de Educação, da Escola Normal da Universidade do Brasil e da Faculdade Nacional de Educação, onde recebeu o título de Prof. Emérito.
Nas aulas, trabalhava com estudo dirigido, manipulação de objetos e propôs a criação de laboratórios de matemática em todas as escolas.
Em seu depoimento no Museu da Imagem e do Som, Júlio César admitiu não dar zeros: Por que dar zeros, se há tantos números? Dar zero é uma tolice.
Em 1919 Júlio César, depois de tentar inutilmente publicar alguns artigos seus, no jornal O Imparcial onde trabalhava, convenceu o editor a publicar os artigos de um certo R. S. Slade, que, segundo ele, estava fazendo enorme sucesso nos Estados Unidos. O primeiro de todos os artigos publicados com o pseudônimo R.S. Slade foi A vingança do Judeu. Entre 1918 e 1925, Júlio César estudou árabe, leu o Talmude e o Corão, estudou História e Geografia do Oriente e, combinado com Irineu Marinho, do jornal A NOITE, criou o personagem
Ali Iezid Izz-Eduim Ibn Salim Hank Malba Tahan.
Júlio César só saiu do Brasil para visitar Lisboa, Montevidéu e Buenos Aires: jamais esteve no Oriente, jamais viu um deserto!
Com o pseudônimo de Malba Tahan publicou cerca de 56 livros. Sua obra é bastante diversificada: trata de matemática, didática, contos orientais, contos infantis, teatro, moral religiosa, temas brasileiros, etc. O livro preferido de Malba Tahan era a Sombra do Arco-íris, mas, o seu livro mais famoso é O Homem que Calculava que conta a história de um árabe que usa a matemática para resolver qualquer tipo de problema. A obra foi premiada pela Academia Brasileira de Letras.
Durante seus quase oitenta anos ministrou cursos e ministrou mais de duas mil palestras para professores e estudantes, especialmente normalistas. Em 1954 esteve em Fortaleza proferindo palestras no Colégio Militar, no Instituto de Educação e no Clube Líbano.
Julio César foi ainda apresentador de programa nas rádios Nacional, Clube e Mairynk Veiga do Rio e da TV Tupi (Rio) e Canal 2 (atual TVC - São Paulo).
O Brasil não tem feito justiça ao grande matemático, infelizmente. Seu livro mais famoso, o Homem que Calculava, que já ultrapassou a 45ª edição, vendeu mais de dois milhões de exemplares, foi traduzido para o alemão, o inglês, nos Estados Unidos e na Inglaterra, o Italiano, o espanhol e o catalão. O Homem que Calculava é indicado como livro paradidático em vários países, citado na Revista Book Report e em várias publicações do gênero.
Malba Tahan ocupou a cadeira número 8 da Academia Pernambucana de Letras, é nome de escola no Rio de Janeiro. A homenagem mais importante foi prestada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro instituindo o dia do matemático na data de seu nascimento, dia 06 de maio.
O escritor morreu no dia 18 de junho de 1974 em Recife Pernambuco, mas nos deixa um legado incalculável.
Deixo-vos aqui alguns dos títulos desse que é um dos maiores escritores brasileiros de nosso tempo.
Se gostaram procurem por sua obra, pois é bem extensa. Até hoje eu gosto de ler!
Grande abraço.
O clássico brasileiro de Malba Tahan em edição especial de capa dura Por meio da fantasia e do encantamento das lendas árabes, Malba Tahan difundiu o gosto e a curiosidade pelo mundo da matemática.
O Homem que Calculava, seu maior sucesso, tornou-se um clássico da literatura infantojuvenil. E como em 2015 o autor completaria 120 anos se estivesse vivo, a Record lança uma edição especial para comemorar. As proezas matemáticas do calculista persa Beremiz Samir – um viajante com o dom intuitivo da matemática, manejando os números com a facilidade de um ilusionista. – tornaram-se lendárias na antiga Arábia, encantando reis, poetas, xeques e sábios. Neste livro, Malba Tahan relata as incríveis aventuras deste homem singular e suas soluções fantásticas para problemas aparentemente insolúveis. A matemática recreativa apresentada no livro é, certamente, menos dolorosa que a fria e doutoral ensinada nos colégios. Malba Tahan conseguiu realizar quase que um milagre: unir ciência e ficção e acertar. Seu talento e sua prodigiosa imaginação são capazes de criar personagens e situações de grande apelo popular, o que explica seu imenso sucesso.
Eternas, as histórias de
As mil e uma noites se espalharam por todo o mundo, sendo contadas para crianças e adultos através dos séculos. A trama é sobre o sultão Shahriar, que, após descobrir a traição da mulher, decide casar-se cada noite com uma jovem diferente, matando-a ao amanhecer. Tal condenação só é desfeita quando Sherazade, a impetuosa filha do grão-vizir, se oferece como noiva do sultão e faz com que as noites se multipliquem ao inebriar o marido com suas histórias envolventes.
Com apresentação de Malba Tahan, esta edição de luxo das Mil e uma noites traz aventuras de mercadores, anedotas, histórias de príncipes e gênios, além dos clássicos Ali Babá, Aladim e Simbá, o marinheiro.
Um mestre na arte de contar histórias, Malba Tahan — pseudônimo do professor Júlio César de Mello e Souza — a cada livro surpreende com uma fonte inesgotável de tramas e personagens. As lendas que cria, misturando fantasia e moralidade, transportam o leitor no tapete mágico da imaginação a cenários encantados, típicos das Mil e Uma Noites. Em
"Novas Lendas Orientais", Malba Tahan esboça um retrato da cultura árabe, usando como exemplo fábulas que passeiam entre China, Arábia e Bagdá. São quatorze contos recheados de amor, traições, vilanias e aventuras.
Visitando os textos sagrados do judaísmo, as lendas do folclore hebraico e as histórias contadas pela tradição oral,
em Lendas do bom rabi, anteriormente lançado com o título Lendas do povo de Deus, Malba Tahan faz uma seleção
dos mais belos contos judaicos. Sabedoria, justiça, fé e amor são alguns dos temas abordados nesta tocante obra.
UMA INCRíVEL AVENTURA DE UM DOS MAIS IMPORTANTES AUTORES DA LITERATURA BRASILEIRA O alfaiate Enedim, trabalhador e de boa índole, sonha em se tornar um homem abastado. Mas apesar de muito trabalhar, tecendo, costurando e cortando fazendas em sua loja, esse dia parece que jamais chegará. Até Enedim encontrar um misterioso vendedor e um livro com a localização do lendário
tesouro de Bresa. O problema é que o livro é cheio de códigos matemáticos e escrito em vários idiomas. Será que o alfaiate conseguirá descobrir seu paradeiro? • Malba Tahan produziu 69 livros de contos e 51 de matemática. • Sua obra mais famosa, O homem que calculava, já foi traduzida para mais de uma dezena de idiomas e influenciou gerações.
Por acaso e sem querer, o cordoeiro Salim, homem simples e temente a Allah, cujo mais valioso patrimônio é a sábia cumplicidade da esposa, chega à condição de maior mágico da Síria, estimado pelo Emir e adorado pelo povo. Desvenda mistérios, faz profecias e adivinha segredos, recebe riquezas e honrarias, como se o toque divino estivesse postos para proteger os inocentes da inveja e da mesquinhez.
Em Salim, O Mágico, quem se deliciou, quando criança e jovem, com os contos de Malba Tahan pode reencontrá-lo numa história, sem gênios nem cavernas encantadas, em que a sátira política aponta o ridículo de vícios institucionalizados que conhecemos de sobra. Salim, O Mágico é do início dos anos 70, época em que a censura oprimia a produção cultural. Mesmo assim, o leitor vai identificar facilmente personalidades então em evidência e esbarrar com forças ocultas, generais de pijama e tentativas de golpes de Estado, além de esquemas oficiais de privilégios e sinecuras dos quais se beneficia até o protagonista, que recebe, entre outras regalias, um camelo chapa branca.